Ao se
considerar a história da Santa Igreja, podemos compará-la a uma planta em
contínuo florescimento. De maneira tal que, quando atingir sua estatura
perfeita, tiver exalado todo o seu aroma, resplandecido com todo o seu
esplendor e beleza, será reconhecida como o esteio de todo o universo. E,
cumprida sua missão, será colhida por Deus.

Quem
não percebe, ao acompanhar a celebração de uma Missa solene, admirando os
reluzimentos dos objetos sagrados, a coruscação dos tecidos bordados a ouro, os
paramentos eclesiásticos, etc., quem não percebe ali que a Igreja exprime algo
além dos seus dogmas já definidos?
O
formato e as cores desses paramentos, dessas casulas e dalmáticas, foram
engendrados aos poucos, introduzidos lentamente nos costumes da Igreja, sem que
houvesse nenhuma preocupação de combinações e articulações para que viessem a
lume. Foram surgindo a esmo: pessoas que não entendiam de teatro, arquitetaram
uma como que dramaturgia magnífica, com roupagens extraordinárias; guiadas pelo
senso da Igreja, pelo Espírito Santo, escolheram, destilaram, arranjaram,
realizaram maravilhas de primeira grandeza.
A todo
momento olhamos para a Igreja e dizemos: “é impossível ser mais perfeito”. Mais
um tempo, e ela reluz de perfeição maior. Flor de desabrochar tão exímio, que é
continuamente assim, e quem tem olhos para vê-la, nunca se sacia de admirá-la.

Plinio Correa de Oliveira - Extraído de conferências em 18/10/1982 e
6/7/1983
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