O que existe de especial no Parlamento de Westminster?
A fachada do Parlamento de Westminster e a torre do relógio representam, dentro desse conjunto, algo de diferente. Não é a afirmação predominante da fantasia, nem a admiração predominante da razão, mas é uma reunião de dois valores diversos que se situam numa outra ordem de idéias: a força e a delicadeza.
Sua fachada é toda feita de linhas longas que se repetem, e de um grande desdobramento estendido numa amplitude de horizonte que possui uma categoria que lhe é peculiar. Ela se reveste de imensa dignidade, de superior elevação e de alta nobreza, com algo de sereno, de senhor de si, de afável e, ao mesmo tempo, de sacral e de sério, reunindo assim extremos opostos. E toda obra de arte que, numa fusão, alia extremos opostos — que um espírito comum poderia julgar contraditórios —, realiza algo de supremo no seu próprio gênero. Supremacia esta que a fachada do Parlamento inglês logrou alcançar.
Nela, o aspecto força se faz notar também na forma de uma grandeza estável, que não se entregará a novos empreendimentos, sem todavia começar a decair. Ela se senta sobre seu próprio poder e se põe a meditar em suas glórias imorredouras...
O mesmo se pode dizer da torre do relógio, uma verdadeira maravilha digna de ser justaposta ao edifício do Parlamento. Este, ao ter de ostentar uma torre, só pode ser uma como aquela: tão coerente, tão lógica, tão bela, porém com essa doçura, essa suavidade dos ingleses que o gênio católico depositou ali pelas mãos de Pugin, que soube interpretar os edifícios nos seus planos originais e comunicar um sopro de catolicidade a tudo aquilo.
Ele soube compreender, de modo ímpar, a nostalgia que a Inglaterra, anglicana e industrial, sentia — e ainda sente — daquela primeira Inglaterra, católica, feita mais para conquistas de ordem cultural do que para triunfos de ordem material.
A fachada do Parlamento de Westminster e a torre do relógio representam, dentro desse conjunto, algo de diferente. Não é a afirmação predominante da fantasia, nem a admiração predominante da razão, mas é uma reunião de dois valores diversos que se situam numa outra ordem de idéias: a força e a delicadeza.
Sua fachada é toda feita de linhas longas que se repetem, e de um grande desdobramento estendido numa amplitude de horizonte que possui uma categoria que lhe é peculiar. Ela se reveste de imensa dignidade, de superior elevação e de alta nobreza, com algo de sereno, de senhor de si, de afável e, ao mesmo tempo, de sacral e de sério, reunindo assim extremos opostos. E toda obra de arte que, numa fusão, alia extremos opostos — que um espírito comum poderia julgar contraditórios —, realiza algo de supremo no seu próprio gênero. Supremacia esta que a fachada do Parlamento inglês logrou alcançar.
Nela, o aspecto força se faz notar também na forma de uma grandeza estável, que não se entregará a novos empreendimentos, sem todavia começar a decair. Ela se senta sobre seu próprio poder e se põe a meditar em suas glórias imorredouras...
O mesmo se pode dizer da torre do relógio, uma verdadeira maravilha digna de ser justaposta ao edifício do Parlamento. Este, ao ter de ostentar uma torre, só pode ser uma como aquela: tão coerente, tão lógica, tão bela, porém com essa doçura, essa suavidade dos ingleses que o gênio católico depositou ali pelas mãos de Pugin, que soube interpretar os edifícios nos seus planos originais e comunicar um sopro de catolicidade a tudo aquilo.
Ele soube compreender, de modo ímpar, a nostalgia que a Inglaterra, anglicana e industrial, sentia — e ainda sente — daquela primeira Inglaterra, católica, feita mais para conquistas de ordem cultural do que para triunfos de ordem material.
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